A noite do dia 9 de Abril foi primorosa com a ideia focada na observação de estrelas duplas as quais foram muito bem contempladas. A temperatura estava ótima, nada de frio extremo, minha localização foi ao sul do DF na chácara de um amigo.
Inicialmente a ideia era de chegar cedo e concatenar os objetos a serem observados, entretanto alguns acontecimentos de viagem acabaram nos atrasando um pouco e ficamos na lista básica que eu havia feito, porém no decorrer da noite um dos amigos que tem grande conhecimento celeste foi lembrando gradativamente de duplas interessantes, cada uma com certa característica peculiar. Algumas tinham no conjunto uma grande e outra bem pequena, outras eram próximas e algumas bem distantes, algumas de uma mesma cor e outras contrastavam bastante com cores muito diferentes como dourado com azul por exemplo ou amarelo e esverdeado. O que podemos perceber é que no refrator, do tipo acromático, as cores se mostraram mais presentes provavelmente devido a ele ter uma leve difração na cor, já no newtoniano as cores se mostravam mais sutis talvez devido a ele ser naturalmente sem cromatismo, à exceção das oculares que por usarem lentes podem causar um pouco dessa coloração.
Segue lista de duplas observadas:
Segue lista de duplas observadas:
Gamma Leporis
H3945 em Cão Maior
Rigel em Órion
54 Leonis
Mizar - Ursa Maior
Cor Caroli - Alpha Canum Venaticorum
Alcalorops - Mu Bootes
Beta Scorpii
Algieba - Gamma Leonis
Pi Bootes
Alfa Hércules
Zeta Coronae Borealis
Porrima - Gama Virginis
Xi Bootes
Zeta Coronae Borealis
Porrima - Gama Virginis
Xi Bootes
Observamos também planetas como Júpiter com uma faixa bem definida e a outra mais suave e suas 4 luas, Saturno com uma aparência em três dimensões, faixas de nuvens e anéis muito bem definidos, porém o mais belo da noite foi Marte que a 300 vezes de aumento tornou possível observar um vale escuro enorme contornava a lateral do planeta o vale menor do lado oposto e a calota polar bem visível. Essa visão foi para todos do grupo foi uma observação inédita do planeta que por alguns era considerado um planeta inútil por ser difícil de observar, mas difícil não quer dizer impossível.
Ao observar planetas realizei um teste que já há algum tempo estava curioso para ver o resultado. Comprei uma ocular de 4mm no AliExpress sem uma marca famosa estampada. Com ela consegui 300X de aumento e queria ver se era melhor que minha combinação para conseguir o mesmo aumento, uma ocular Plossl padrão de 10mm e uma Barlow ED GSO Tripleto 2,5X. O resultado foi que a ocular sem marca tem um grande cromatismo, o planeta Júpiter ficou com uma borda azul. Ocular chinesa reprovada. Só serve para alguém que está sem nenhuma ocular, é uma quebra galho.
Ao observar planetas realizei um teste que já há algum tempo estava curioso para ver o resultado. Comprei uma ocular de 4mm no AliExpress sem uma marca famosa estampada. Com ela consegui 300X de aumento e queria ver se era melhor que minha combinação para conseguir o mesmo aumento, uma ocular Plossl padrão de 10mm e uma Barlow ED GSO Tripleto 2,5X. O resultado foi que a ocular sem marca tem um grande cromatismo, o planeta Júpiter ficou com uma borda azul. Ocular chinesa reprovada. Só serve para alguém que está sem nenhuma ocular, é uma quebra galho.
O Objeto desafio da noite sem dúvida foi a nebulosa planetária Blue Planetary que devido ao seu tamanho mínimo é difícil de encontrar. Fica a direita do Cruzeiro do Sul, com o Pocket Atlas é possível achar, mas foi o Millenium Atlas que salvou a noite com suas cartas muito detalhadas e nos possibilitou encontrá-la. Realmente é azul e o filtro UHC Optolong deixou suas bordas muito bem definidas além de realçar sua cor.
Os equipamentos utilizados foram telescópios: um refrator de 90mm e 2 dois newtonianos, um de 120mm e outro de 200mm.
Os equipamentos utilizados foram telescópios: um refrator de 90mm e 2 dois newtonianos, um de 120mm e outro de 200mm.
Uma noite para ficar na memória.
Abraços
Renato