sexta-feira, 17 de maio de 2013

21º ENOC Encontro Observacional do CASB

Olá caros amigos, eis o relato do meu primeiro ENOC, o 21º do CASB (Clube de astronomia de Brasília).

Primeiramente falarei da pequena viagem que no meu caso foi até mais curta se comparada ao restante dos colegas do grupo pois moro próximo a saída do Distrito Federal e foi rápido sair pela BR 040 e me dirigir a fazenda que fica alguns quilômetros depois de Luziânia, pra ir foram necessárias quase duas horas mais por conta de que eu não dirijo rápido mesmo, e uns 12 quilômetros de estrada de chão sem surpresas desagradáveis pois o local foi sinalizado pelos organizadores então tudo tranquilo pra chegar.

Cheguei por volta das 18:30 e já estava doido pra subir o morro em que os colegas estavam reunidos com seus equipamentos e o melhor de tudo, seus vastos conhecimentos e enorme boa vontade de ensinar. É uma das coisas que fico mais feliz no CASB é a receptividade daqueles que gostam de aprender, não há tempo ruim para um bom questionamento ser respondido.
Lá encontrei Marcelo que só via pela internet através do programa semanal Astronomia ao Vivo disponível através do Youtube. Aquele que considero um mentor o Paulo que gosta de procurar os astros de forma manual através de mapas e atlas, método que considero o ideal para se aprender não somente a localização dos astros em si mas também as constelações e suas peculiaridades. Ricardo que nos recebeu, a mim e minha esposa, com toda cordialidade e nos disponibilizou acomodação digna de hotel 5 estrelas fora muitos outros colegas que prefiro não citar o nome por não saber se eles gostariam de ter o nome citado nesse blog.

A observação

A maioria de nós estávamos concentrados em observação visual fora algumas máquinas captando time lapse (técnica utilizada para captar imagens e simular o movimento do celeste).
Logo montei meu pequeno 90mm e quando terminei o céu já estava escuro e deslumbrante, as luzes da cidade atrapalham muito e em área rural pode-se ver o céu como ele realmente é. A via láctea com suas nuvens acinzentadas a cada hora que passava mais visível, creio que por conta da temperatura nas camadas inferiores se aproximar das camadas superiores retirando a turbulência que essa diferença causa. A Grande Nuvem de Magalhães visível a olho nú e com o telescópio era possível ver a Nebulosa da Tarântula.
O "Olhão", um telescópio de 16", estava presente e foi montado depois de alguns probleminhas com reconhecimento do drive de Som pois ele tem instalado o sistema Soundstepper. Aí começaram as buscas aos cometas que era extremamente tênues mas visíveis. Lembro que a última coisa que vi foi Plutão como apenas uma estrela.

A noite seguinte foi ainda mais memorável apesar do frio ter apertado bem mais.
Foi possível ver M7 e M6 próximas a cauda do escorpião. Pela primeira vez vi o Aglomerado próximo a Antares que é uma estrela que sempre gosto de ver.

Mas o que mais me marcou neste ENOC foram as nebulosas facilmente visíveis em área rural, e através do telescópio Laranjão 8" feito pelo Marcelo e pelo Olhão visualizamos a nebulosa da Carina com grande contraste que se tornou ainda maior com o filtro Celestron Oxygen III 2" que o Marcelo colocou no Olhão.
O Rodrigo Andolfato nos emprestou os seus filtros fotográficos para testarmos onde o H-Alpha e o Enxofre S-II de banda estreita não se mostraram adequados para observação visual mas o Oxygen-III mesmo fotográfico ficou muito bom para aumentar o contraste das nebulosas.

Também aprendi algumas constelações a mais com as orientações do Paulo como Hércules, Ursa Maior e Virgem essa última só aparece pela madrugada.

Para finalizar o relato cito uma dupla em especial Alexandre e Carol que agraciou nossos ouvidos com belíssimas músicas durante a segunda noite, que para mim foi realmente memorável, apreciar os astros cercado de amigos com interesse em comum e ouvindo maravilhosas músicas foi marcante.

Uma 'descoberta' que fiz que na verdade foi apenas um detalhe que estava passando despercebido foram as escuridões no centro de Ômega Centauri que podem ser verificadas na imagem abaixo retirada do seguinte link http://www.doghouseastronomy.com/starparties/OmegaCentauri.jpg:


Parece ser apenas uma queda de densidade estelar mas é um caso interessante a ser estudado claro.

Espero poder ir no próximo.

Seguem algumas fotos:







Até a próxima.

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